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    Kodomo Kitsune (Naruto)

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    Kodomo Kitsune (Naruto) Empty Kodomo Kitsune (Naruto)

    Mensagem por Dark Angelly Sex Fev 22, 2013 4:48 pm

    Kodomo Kitsune



    Título: Kodomo Kitsune

    Autora: Dark Angelly

    Fandom: Naruto

    Casal: Ainda não foi decidido... por favor, mandem sugestões ~~olhinhos de gatinho do Shrek~~

    Censura: NC-17

    Gênero:Romance, Aventura, Ação, Yaoi, MPreg, shota-con.

    Sinose: - Kitsunaru, por que Higitsune disse que eu sou diferente? - indagou a voz infantil, encarando os olhos arroxeados da raposa cor-de-marfim.
    [...]
    - Raposas nascem raposas. Humanos nascem humanos. No entanto, você, Naruto, é diferente. Você nasceu humano e se tornou uma raposa.
    ................................................
    Após o ataque de Kyuubi a vila de Konoha e o sacrifício do Yondaime, Sarutobi toma uma decisão que pode mudar toda a história. O que pode acontecer agora que Naruto foi criado por pessoas diferentes, sem a rejeição e a indiferença que ele receberia em Konoha? Em uma vila desconhecida do mundo, onde os ensinamentos são diferentes. Como pode ser a história agora?

    Avisos: Essa fanfic contém conteúdo homossexual, ou seja, dois homens juntos. Caso esse gênero não lhe agrade, por favor, precione as simultaneamente as teclas Ctrl+W de seu teclado para abandonar a página. Essa é uma obra feita sem nenhum fim lucrativo, todos os personagens do anime/mangá Naruto pertencem exclusivamente a Masashi Kishimoto.



    Prólogo
    A Decisão do Hokage!




    O vento que soprava contra as árvores era denso, carregando consigo uma sensação pesada. O Sandaime já esperava por aquela sensação desde o momento em que decidirá usar as passagens ocultas da vila, para ir a um lugar onde apenas os Hokages poderiam entrar. No entanto, ele ainda se perguntava se havia tomado a melhor decisão ao trazer consigo o jovem ANBU. Olhou para o lado, vendo o menino que não deveria ter mais do que quinze anos, firme em uma postura reta, sem ao menos olhar para os lados. Aquela postura tão fria e indiferente contrastava bastante com o pequeno cesto de vime que o jovem shinobi segurava.

    - O que o trás diante de mim, Hiruzen? – indagou uma voz feminina firme, fazendo com que voltasse sua atenção para a densidade da floresta.

    Ele sabia que estavam cercados, o jovem ANBU também sabia, pois havia ficado rígido subitamente. Sarutobi olhou fixamente para um ponto a sua frente, mas sem ver mais do que árvores e arbustos densos. Ele sabia, que mesmo que não estivesse vendo-a, ela estava ali junto com muitos outros membros de sua vila.

    - Essa criança é o que me trás – declarou, fazendo um movimento com o braço, para que o jovem ANBU se adiantasse e colocasse a cesta de vime no chão um pouco a frente.

    Houve um momento de silêncio pesado, até que uma forte rajada de vento fez com que as árvores uivassem. Um frio percorreu os corpos dos dois shinobis de Konoha.

    - Essa criança... Seu espirito está dividido... Hiruzen, o que vocês fizeram com essa criança? – indagou a voz feminina mais ríspida e fria, quase como se aquela criança fosse um sacrilégio.

    - Konoha foi atacada por uma ferra. Nosso Yondaime, Minato, se sacrificou para selar a ferra dentro desse menino – explicou Sarutobi já esperando a fúria daquela que se ocultava na floresta.

    Quase como se fosse convocada, uma rajada de fogo poderosa surgiu dentre as árvores e por pouco não acertou o Sandaime que desviou juntamente com o jovem ANBU. Quando se viu a salvo do ataque, Sarutobi olhou para a grama queimada. Ela havia ficado mais furiosa do que havia suposto.

    - Vocês, vermes que se consideram shinobis... Não tem medo e nem respeito pelos espíritos... Você condenou um inocente a ter sua alma dividida! – rosnou em um tom animalesco, e Sarutobi quase teve a certeza de que seria atacado mais uma vez.

    - Eu sei que selar um monstro dentro de uma criança foi algo inconsequente, mas não houve escolha! Minato fez a única coisa que poderia para salvar a vila – justificou, mas se arrependeu quando uma segunda rajada de fogo passou muito perto de sua cabeça.

    - Seu verme pretencioso! Esqueceu-se das lições que aprendeu com meu povo?!

    - Eu jamais esqueceria – declarou Sarutobi em um tom firme, erguendo-se e encarando o ponto entre as árvores e arbustos. – Aqueles meses com seu povo, foram os mais ricos de minha vida. Sou um Hokage graças aos ensinamentos que recebi de vocês. Por isso, vim até aqui. Peço humildemente que tome está criança e torne seu espirito apenas um.

    - Unir o espirito humano e o espirito da ferra? É isso que você me pede Hiruzen? – indagou em um tom de deboche. – Ao unir dois espíritos essa criança não será humana, mas também não será uma besta. Você quer uma 'arma' nova para sua vila de vermes, Hiruzen?

    - Não. – respondeu firmemente, sem se abalar com as palavras que lhe eram ditas. – Quero que este menino seja criado pelo seu povo. Longe de Konoha. Longe das guerras e das intrigas. Que ele receba a vida rica e pacífica pela qual seu pai se sacrificou.

    Mais um momento de silêncio, enquanto as folhas dos arbustos se mexeram e de dentro dela surgiu uma bela raposa de pelagem marfim e olhos arroxeados. A brisa da noite tocava seus pelos, fazendo com que as nove caudas longas e felpudas dançassem lentamente. A passos suaves, sobre o olhar calmo do Sandaime e o olhar surpreso do jovem ANBU, a raposa de aproximou do cesto de vime e encarou o pequeno bebê de madeixas douradas e olhos cor-de-céu.

    - Qual nome foi dado a ele? – indagou a raposa, erguendo os olhos momentaneamente para o Hokage.

    - Seu nome é Uzumaki Naruto.
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    Kodomo Kitsune (Naruto) Empty Re: Kodomo Kitsune (Naruto)

    Mensagem por Dark Angelly Dom Fev 24, 2013 4:57 pm

    Capítulo Um
    Lua vermelha! Nasce uma nova raposa!








    Kitsunaru se orgulhava de seus mais de mil anos, estes representados pelas belas nove caudas que possuía. Diferente dos humanos, quanto mais anos uma raposa possuía mais poderosa ela era. No entanto, apesar de tantos anos, Kitsunaru jamais havia imaginado que teria de seguir tal ritual. O ritual da Akai Kitsune, um ritual perigoso, que nenhum outro membro da vila de Kishin já havia se arriscado a concretizar. No entanto, este era o único ritual que poderia ajudar aquele pequeno bebê.

    A passos lentos e calmos Kitsunaru se aproximou do centro da vila, onde todos os habitantes já a aguardavam rodeando o circulo de pedra. Cada um em sua nobre forma de raposa, algumas exibindo orgulhosas mais de uma cauda, enquanto outras menores e menos vividas possuía apenas a primeira cauda. No centro formado pelo circulo de raposas, sobre entalhes em pedra cinza, encontrava-se o pequeno bebê que Sarutobi lhe entregara. A pequena criança de pele bronzeada e madeixas douradas encontrava-se nua, deitada sobre um manto de pele de coelho. As mãozinhas pequenas erguidas para o alto, enquanto os olhinhos azuis contemplava o brilho avermelhado da lua.

    Lentamente, Kitsunaru se aproximou da criança sendo acompanhada pelo olhar de cada membro da vila. Quando estava a menos de trinta centímetros do bebê, ela ergueu usa cabeça para fitar a lua avermelhada. Seu chakra marfim brilhante envolta de seu corpo, enquanto suas nove caudas se abriam em um leque para cima. Seus olhos arroxeados brilharam, enquanto um uivo longo deixava sua garganta, e o chakra que envolvia suas caudas formavam pequenas labaredas de fogo prateado que voaram até sobrevoar o pequeno bebê, começando a se mover em círculos sobre o corpo pequeno.

    As labaredas continuaram a girar em grande velocidade, até formarem um anel cor-de-marfim. Segundos após isso, um raio vermelho sangue surgiu do céu, acertando o centro do circulo formado pelas labaredas... Atingindo o bebê. Kitsunaru esperava um manifestação de chakra naquele momento, mas para a total surpresa de todos, houve uma poderosa explosão de energia alaranjada.

    O poder da explosão havia sido tanto que todos que estavam por perto foram arremessados a certa distância do centro. Quando a luz finalmente desapareceu, Kitsunaru abriu os olhos e encarou aquilo que antes era um bebê humano. No centro do círculo de pedra, caído de bruços e tentando se levantar desajeitado, se encontrar um pequeno filhote de raposa alaranjado. No entanto, não era a presença do filhote que surpreendeu Kitsunaru, mas sim a presença das três belas e felpudas caudas alaranjadas com pequenas manchas amarelas em suas extremidades.

    Para uma raposa, suas caudas eram a prova de seu poder. Um filhote tão pequeno, que nem ao menos era completamente uma raposa, possuía três caudas... Talvez Kitsunaru estivesse diante de algo muito maior do que já havia imaginado.

    ✡ 12 anos depois ✡

    Naruto abriu a boca, liberando uma pequena quantidade de hálito quente formando uma pequena fumaça, enquanto suas patas afundavam um pouco mais na neve branca. Seus olhos azuis estavam fixos na pequena criatura oculta dentro do tronco de árvore caído a sua frente. Ele sabia que sua presa estava ali, ansiosa para sair, mas com medo de encontrar um predador.

    /Paciência. Essa é a chave para se obter sucesso quando se caça. O primeiro que perder a paciência, perderá o jogo./ Essas eram as palavras de sua mentora e mãe de criação, Kitsunaru.

    Naruto não sabia exatamente quando, mas Kitsunaru o adotou e lhe ensinou tudo o que sabia e ainda lhe ensinava. Sempre quando tentava se lembrar de qualquer imagem mais antiga, a primeira coisa que surgia em sua mente era a imagem da lua vermelha que aparecia no céu de Kishin uma vez a cada quinze anos, para então a imagem de Kitsunaru tomar seu lugar. Não que Naruto realmente se preocupasse com isso, afinal, ele era mais do que feliz com a vida que tinha e não gostava muito de pensar em coisas que não lhe davam uma resposta imediata. Ele era assim: simples e direto.

    - /Kiso... Isso está demorando demais.../ - pensou movendo de forma irritada as patas afundadas na neve, para que o som de seu movimento não fosse captado.

    Antes que Naruto acabasse perdendo completamente a paciência – da qual não era muito dotado –, finalmente ele viu o lebracho branco deixando o tronco. Engoliu em seco, avançando lentamente a pata direita no solo, afundando devagar na neve sem produzir som algum. Observou-o dando pequenos pulos para fora do tronco caído, se colocando em posição de ataque. Só mais um pouco, pensou ansioso. Então o lebracho saltou com mais força para frente e Naruto pulou de trás dos arbustos, concentrando o chakra em suas patas dianteiras, afundando com precisão sobre o pescoço do pequeno mamífero.

    Com o impacto, Naruto caiu para frente desajeitado, rolando um pouco antes de parar. Ergueu-se zonzo e balançou o pelo alaranjado para se livrar da neve. Olhou em volta a procura de sua presa, até que a encontrou imóvel no chão. Aproximou-se e analisou com certo receio a presa abatida, preocupado se havia feito direito. Naruto sempre havia tido certo problemas quando se tratava de caçar animais de pequeno porte, principalmente coelhos e lebres, pois sabia que não podia sujar o pelo da presa com sangue. No entanto, para o seu alivio, não havia uma única marca de sangue no pelo branco. Com um sorriso matreiro, abocanhou o lebracho pelas orelhas e correu em direção à vila.

    Não demorou muito para que chegasse ao portão da vila, e assim que cruzou seus limites, seus olhos brilharam ao ver a decoração da vila. Aquela noite era celebrado o festival do Solstício. Alguns membros da vila usavam suas formas humanas para ajeitar enfeites, enquanto outros usavam suas formas de raposa para ajudar.

    - Yo Naruto, vejo que conseguiu uma boca caça – comentou uma voz masculina, fazendo com que Naruto parasse e olhasse para o lado.

    Quem havia falado era um homem alto, de cabelos longos em um tom castanho e orelhas de raposa com pequenas manchas brancas, com duas caudas castanhas com manchas brancas balançando atrás de si. Ele vestia uma calça de couro marrom, uma camisa de tecido fino branco com um colete marrom de couro por cima. Naruto sorriu e tomou a forma humana, para poder segurar o lebracho com as mãos.

    - Kon’nichiwa Kaname-san! – exclamou de forma animada, correndo na direção do mais velho. – Veja! Consegui pegar um lebracho sem derramar o sangue!

    Quando assumia sua forma humana – algo que evitava por se sentir envergonhado –, Naruto se revelava do tamanho de uma criança de dez anos. Os cabelos dourados com pequenas mechas alaranjadas, de onde despontavam um par de rolhas de pelos alaranjados. Sua pele era bronzeada e em suas bochechas havia de cada lado três marquinhas que muitos consideravam ‘fofas’. Ele vestia uma bermuda de couro marrom curta, que não chegava à metade de suas coxas e eram adornadas com um pouco de pelo de coelho branco na bainha e na cintura. Por cima um colete fechado, também de couro marrom, com pequenos pompons de pelos brancos no lugar de botões. As três caudas alaranjadas com pequenas manchas amarelas nas pontas.

    - Incrível Naruto, meus parabéns. Tenho certeza de que Kitsunaru-sama ficará muito contente quando você leva-lo – comentou Kaname, dando um sorriso gentil para o pequeno raposo.

    Kaname era um raposo ‘jovem’, sendo que tinha apenas um pouco mais do que duzentos anos. Era conhecido por sua gentileza, mas também por seu senso de justiça, sendo um dos antigos alunos de Kitsunaru e por isso irmão por consideração de Naruto. Assim como muitas raposas, Kaname estava presente no dia em que Naruto havia sido transformado em raposa pelo jutsu cerimonial Akai Kitsune. Após aquela noite, ele havia treinado junto com Naruto sobre a tutela de Kitsunaru, assim presenciado as incríveis habilidades únicas do jovem raposo.

    - Ei Naruto, você já tem companhia para assistir a Lua do Solstício? – indagou Kaname sorrindo de forma gentil, curvando-se um pouco para frente.

    A Lua do Solstício era um pequeno espetá-lo que acontecia apenas naquela noite, quando a lua emitia um brilho azulado e então liberava feixes de luzes coloridos, formando uma mística aurora boreal. Alguns diziam que era um espetáculo que deveria ser compartilhado com pessoas importantes. Os ‘filhotes’ costumavam fazê-los com seus pais, já os adolescente costumam passar esse momento com alguém que almejem como companheiro no futuro.

    - Ahm? Não, provavelmente vou assistir junto com a Kitsunaru – comentou Naruto um pouco surpreso com a pergunta do mais velho.

    - Ah, isso seria um desperdício. Não prefere assistir comigo? – indagou sorrindo amplamente ao ver o forte vermelho que havia preenchido as bochechas do menor.

    - E-eu... – gaguejou sem saber o que responder, sentindo seu rosto arder ainda mais.

    Diferente dele, Kaname era já um raposo adulto, tendo uma aparência que certamente atraia a atenção de todos. Mesmo que não se considerasse feio, achava-se estranho e desajeitado. Sempre menor do que qualquer outro raposo ou raposa, sendo esse um dos motivos de não gostar de aderir à forma humana. Não conseguia ver um motivo para Kaname desejar passar a Lua do Solstício ao seu lado. Foi então que a possibilidade de Kaname estar fazendo aquele convite, era apenas por considerá-lo um irmão menor e, por tanto, desejar assistir o espetáculo noturno ao seu lado. Algo muito mais logico e sensato, do que a possibilidade de Kaname desejá-lo como companheiro.

    - Não precisa responder agora – afirmou o mais velho sorrindo gentilmente, erguendo a mão direita e afazendo o locar entre as orelhas, fazendo com que as três caudas de Naruto se mexessem em sinal de satisfação pelo carinho. – Se quiser, estarei te esperando na Pedreira do Falcão.

    Naruto concordou e sorriu animadamente, antes de voltar a correr. Passou por mais alguns amigos, cumprimentando a todos e conversando sobre pequenas baboseiras, antes de finalmente chegar ao local onde morava com Kitsunaru. A ‘casa’ era o interior de uma gigantesca árvore milenar, cujo interior era oco.

    A porta era recoberta por couro de rena. Ao entrar, encontrou a ampla sala circular. O chão de pedra recoberto com um tapete de pele de cervo, um pouco mais a frente uma lareira onde o fogo já crepitava aquecendo a morada. Do lado direito, havia uma escada entalhada a mão que levava a um andar diferente, onde ficava a cozinha. Do lado esquerdo, se podia ver duas outras escadas. Uma levava até o quarto de Kitsunaru que ficava no segundo andar, e a outra levava ao de Naruto que se encontrava no terceiro andar.

    - Naruto traga a sua caça aqui! – escutou a voz de Kitsunaru, indicando ao loiro onde ela estava.

    Com um sorriso amplo, Naruto correu em direção a escadaria da direita, subindo dois degraus por vez, até entrar na cozinha. A cozinha era simples, no estilo tradicional. Uma mesa de madeira, onde estavam depositados uma pequena variedade de animais e diversas frutas. No centro, havia um pequeno circulo formado por pedras, onde o fogo crepitava lentamente, enquanto uma panela grande de ferro negro borbulhava exalando um fino vapor branco.

    - Você demorou – comentou a voz de Kitsunaru aparecendo de dentro da pequena dispensa que havia na cozinha, carregando uma vasilha com diversas ervas.

    Ela estava em sua forma humana, exibindo a aparência de uma mulher de aproximadamente vinte e cinco anos. Os cabelos longos em um tom marfim, quase que prateados. As orelhas felpudas em sua cabeça, junto com as belas nove caudas. Ela usava um vestido longo de pele de rena, com detalhes de pelugem mais espeça na gola e na bainha. Os olhos ametistas eram gentis, porem continham um brilho de severidade e sabedoria. Algo que apenas uma raposa de nove caudas poderia possuir.

    - Gomen... Demorou mais do que eu pensei – respondeu um pouco envergonhado, afinal, havia ficado bastante tempo rodeando aquele tronco de árvore, antes de finalmente conseguir sucesso em sua caçada.

    - Muito bem, deixe-me ver o que conseguiu – falou, colocando a vasilha com ervas sobre a mesa e estendendo as mãos na direção do pequeno raposo.

    Por um momento, Naruto ficou receoso de lhe entregar o lebracho que havia caçado. Respirando profundamente, quase como se estivesse se preparando para fazer algo realmente difícil, para então estender o pequeno animal para a raposa mais velha. Os olhos de Kitsunaru se estreitaram levemente, para então pegar o animal morto pelas orelhas e passar sutilmente os dedos longos pelo pescoço do lebracho. Naruto se remexeu o mesmo lugar, ansioso pelo veredito da mais velha.

    - Excelente trabalho – declarou por fim, sorrindo satisfeita para o menino que retribuiu com um sorriso amplo. – Vamos mudar o prato principal para cozido de coelho com ervas e pimenta. O que me diz?

    - Hai! – exclamou animado, correndo em direção à mesa e começando a pegar alguns ingredientes, separando-os do resto.

    Kitsunaru sorriu se prontificou a cuidar da caça do loiro, afinal, limpar um lebracho não era algo fácil. Conforme o fazia, deixou que as lembranças daquele pequeno raposo lhe surgissem uma a uma. Naruto havia se mostrado especial desde o momento em que se tornará um raposo. As três caudas que exibia, não era uma mera coincidência. O pequeno era poderoso e ela sabia que não demoraria mil anos para ele ter as nove caudas, talvez até mesmo mais. Ele era dedicado a tudo o que fazia, fosse durante os treinos árduos que o havia feito ter desde muito filhote, até mesmo coisas mais simples, como caçar e preparar a comida. Ele poderia não ser um filhote legitimo seu, mas ela o amava e se orgulhava dele como tal.

    - Nee... Kaname-san me convidou para assistir a Lua do Solstício com ele... – a voz envergonhada e um pouco baixa de Naruto fez com que Kitsunaru voltasse ao presente, para se virar e encarar o loiro um pouco surpresa.

    - Entendo. Quer dizer que Kaname está querendo colocar as patas em você – comentou ela, sem esconder o brilho irritado e protetor que surgiu em seus olhos. – Talvez eu deva fazê-lo relembrar os tempos em que ele era meu aprendiz.

    Naruto riu ao escutar aquilo. Se havia algo que todos da vila temiam, eram os treinamentos de Kitsunaru, tanto que poucas raposas se mantinham como seus pupilos por mais de alguns dias. Naruto e Kaname eram os únicos que havia mantido os treinos, sendo que Kaname os havia concluído no último mês.

    - Não penso que ele queira algo comigo... Provavelmente, só me convidou porque me vê como um irmão menor – comentou Naruto revelando seus verdadeiros pensamentos, afinal – em sua concepção – o loiro não se via como o raposo mais atraente da vila.

    - Ahh... Talvez eu deva adiantar seu treinamento sexual – comentou Kitsunaru ao escutar aquilo. Naruto era o único que não percebia a própria beleza e, provavelmente, não o faria sem adquirir a confiança que o treinamento sexual lhe daria.

    Naruto se surpreendeu ao escutar aquilo. Normalmente, apenas raposas que chegavam à idade entre cem e cento e cinquenta anos é que poderiam receber aquele treinamento. Não que esse treinamento houvesse algo a ver com o ato sexual em si, era algo mais... Profundo. Raposas eram criaturas sensuais e sedutoras por natureza. Esse treinamento apenas ajudava a libertar essa sensualidade e dar mais confiança.

    - Bem, então você vai assistir a lua com ele? – indagou Kitsunaru terminando de retirar a pele da caça do loiro e colocando a pele dentro de uma bacia com água quente.

    Naruto não respondeu. Na verdade, ele não sabia o que responder. Ele era inseguro sobre isso... Talvez essa fosse a única parte de si que não acreditasse verdadeiramente. Acreditava em sua força, em suas habilidades... Mas...

    - Naruto, você deveria ir – declarou Kitsunaru em um firme, fazendo com que o loiro se virasse para vê-la.

    Naruto mordeu o lábio inferior e olhou para suas mãos. Talvez...

    ~✡~

    Naruto andava um pouco nervoso pela multidão. Estava quase na hora do pelo espetáculo da Lua de Solstício e ele havia decidido ir até Kaname. Kitsunaru afirmava que o raposo mais velho não havia feito o convite com intensões fraternais, mas Naruto não conseguia acreditar plenamente nisso. Estava passando pelo Circulo de Pedra que ficava no centro da vila, quando – por sua distração – acabou esbarrando em alguém, quase os levando ao chão.

    - Gomen... – falou erguendo os olhos para ver em quem havia topado.

    Para sua surpresa e até mesmo receio, a pessoa em que havia esbarrado era Higitsune. Higitsune era um belo raposo de uma cauda, que deveria ter pouco mais de um século. Seus cabelos eram de um tom vermelho sangue, assim como os olhos. Assim que percebeu quem havia esbarrado em si, os olhos vermelhos se estreitaram e lançando um olhar mortal sobre o pequeno. Desde que Naruto conseguia se lembrar, Higitsune jamais havia gostado dele. Nunca realmente entendeu o motivo disso, pois jamais havia feito nada que pudesse ofender ou irritar o ruivo. Mesmo o fato de que Kitsunaru ser a protetora de Naruto, jamais havia impedido o ruivo de ser maldoso e até mesmo cruel quando se tratava do loiro.

    - O que quer aqui anormal? – indagou em um tom ferino.

    - Não me chama assim! Eu sou igual a você! – exclamou irritado ao escutar a ofensa. Era sempre assim, bastava Higitsune lhe ver, que sempre lhe ofendia de algum modo, e a palavra ‘anormal’ era a mais comum de seu arsenal de insultos.

    - Hunf... Você igual a mim? – indagou em um tom claro de desprezo e deboche, quase como se houvesse escutado uma piada muito sem graça. – Vá sonhando, idiota. Você jamais será como eu. Você nunca vai ser igual a ninguém da vila.

    Ao terminar de dizer aquilo, Higitsune passou por ele lhe dando uma forte trombada no ombro. Naruto o olhou com raiva. Não entendia o motivo de ele lhe odiar tanto. Mesmo que tentasse ignorar, as palavras dele ainda lhe assombravam. Olhou de relance para suas três caudas, imaginando se era pelo fato de tê-las que Higitsune o desprezava. Não... Não poderia ser isso. As caudas eram o símbolo de poder e vivencia das raposas. Não haveria logica em Higitsune lhe odiar por causa de algo como isso.

    Então as palavras de que ele não era igual aos outros da vila voltaram com tudo. Era verdade que ele era menor do que a maioria, mas não poderia ser por isso... Não sabia o porquê, e isso lhe irritava ainda mais! Foi então que se lembrou de Kitsunaru. Ela, certamente, deveria saber o significado do que Higitsune havia lhe dito.

    Esquecendo-se de tudo, voltou correndo o mais rápido que pode na direção de casa. Ao invés de entrar na árvore, subiu rapidamente pela lateral do tronco, até chegar ao todo, onde havia um piso de madeira construído sobre os ganhos de árvore. Sentada no centro do piso, sobre uma manta escura, segurando uma caneca de chá quente, se encontrava Kitsunaru, observando com atenção as estrelas no céu.

    - Você não deveria estar com Kaname? – indagou ela sem precisar olhar para ele, para saber que era Naruto que havia chegado.

    Naruto não respondeu. Sua cabeça estava zonza. Ele precisava de uma resposta séria e rápida. Ele precisava, acima de tudo, da verdade.

    - Kitsunaru, por que Higitsune disse que eu sou diferente? – indagou a voz infantil, encarando os olhos arroxeados da raposa cor-de-marfim.

    Por um segundo, ela congelou. Não que aquele fosse um segredo que deveria ser oculto de Naruto. Aquela era a história dele. Era parte dele, por tanto, ele deveria saber. No entanto, ela nunca pensou que o momento em que contaria aquilo fosse surgir tão prematuramente. Seus olhos se fecharam e um suspiro lento deixou seus lábios.

    - Sente-se Naruto – pediu, indicando o lugar a sua frente.

    Ansioso, o loiro andou até lá e sentou-se na frente da mais velha. Seus olhos azuis a encarando quase que com desespero.

    - Esse momento chegou mais cedo do que eu pensava. No tanto, talvez assim seja melhor – declarou ela, sua voz gentil e cálida, quase como se quisesse tornar tudo o melhor possível. – Raposas nascem raposas. Humanos nascem humanos. No entanto, você, Naruto, é diferente. Você nasceu humano e se tornou uma raposa.
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    Kodomo Kitsune (Naruto) Empty Re: Kodomo Kitsune (Naruto)

    Mensagem por Vanessa-hime Seg Mar 24, 2014 11:03 pm

    Queria saber o que acontece!!! ...... Mas parece que vc abandonou a fic!! TT.TT Tô triste..... Mas se vc continuar fico muito feliz!!

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    Kodomo Kitsune (Naruto) Empty Re: Kodomo Kitsune (Naruto)

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      Data/hora atual: Sex Mar 29, 2024 2:56 am