Olá pessoal! Eu sou Shizuru Takako, tenho 16 anos, 1,67m e 48kg. Meus cabelos são negros e bem curtos (culpa dos meus pais que me forçaram a cortar). Olhos verdes, isso é culpa do meu avô, tenho pele branquinha porque não sou de sair ao sol, sabe? Sou magro e já recebi a declaração de umas quatro garotas até hoje, mas desculpem-me meninas, eu gosto do Osawa-senpai.
Hoje é o dia, vou me consultar com os gêmeos Akame e pedir ajuda com minha transformação. Não sei o que eles dirão, mas o que vale é tentar, né? Quem não tenta não vai pra lugar algum.
E, bem... agora eu estou meio que correndo sabem...
“Shizuru seu bastardo! Volta aqui!” – chamava Hijikata-kun, ele é o que chamariam de delinquente juvenil, mas eu o chamo de ‘louco que fica irritado por nada’. Como ele pode quere me bater só porque eu deixei cair uns... Míseros quinze livros no pé dele. Que culpa tenho se ele estava com o pé esticado pra fora da carteira quando eu tropecei e derrubei os livros que eu ia levar pro professor na sala de estudos?
“Volto não! Tu és louco se pensa que alguém faria isso!” – disse correndo pelos corredores durante o intervalo. Desculpe professor, mas minha vida vem muuuuito antes de ajudar você, afinal você não é o Osawa-senpai pra eu me arriscar tanto.
“Seu merda quer levar uma no rabo?!” – olha, não respondo essa, todos vocês que estão lendo sabem que a resposta é um grande ‘sim’, mas definitivamente não é de você Hijikata-baka!
“Sai da frente! Sai da frene!” – gritava enquanto tentava não ser bloqueado pelo muro humano do clube de futebol americano da nossa escola... Ai, ai, Osawa-senpai, me desculpe por isso, mas tenho que dizer isso: “Parede de Deuses sexys à frente!” pensei com todas as minhas forças enquanto tentava conter uma hemorragia nasal enquanto era arrastado por aquela manada. Olhem pelo lado bom, fui arrastado por um bando de caras com corpos lindos de morrer e fugi do Hijikata, mas tô todo dolorido... Eles são uns brutos! Por isso prefiro o Osawa-senpai que é tão legal comigo.
“Takako, você tá bem?” – perguntou o meu colega de classe, Taiyo, que agora é um membro do conselho estudantil. Ele tem 1,80m e poderia muito bem ser membro do time de basquete. Cabelos castanhos e olhos da mesma cor. Ouvi dizer que o irmão mais velho dele é um cara bem bonito, mas que diferente dele, não faz o tipo ‘Jogador gosto e popular’. Parece que ele está mais para ‘Príncipe maduro de fazer o coração derreter’. Que malditos genes são esses?!
“Tô sim... Meio dolorido, mas bem. Indo pra sala do grêmio estudantil?” – perguntei enquanto o meu amado e odiado amigo, vara pau, diga-se de passagem, me ajudava a levantar. – “Né, Taiyo, por que você é tão alto? Eu ouvi por ai que seu irmão é mais baixo que você, mesmo ele sendo o mais velho” – perguntei. E sabem do mais estranho. Nesses seis anos que estudo com o Taiyo nunca vi o seu irmão. Como é possível? Eu realmente não sei!
“Hahah, é que eu puxei a família do nosso pai e ele a da nossa mãe. Por isso, um dia desses vocês se esbaram. Mas ele sempre foi muito atarefado, e agora que está começando na Universidade ele trabalha até tarde no seu emprego de meio período” – disse ele, com aquela maldita voz do Abe-chan no inicio de carreira.
“Você deveria ficar calado e falar pouco, sabe? As garotas já estão desmaiando pelos cantos, sabe?” – disse irritado. Mas claro, contanto que ele afaste o máximo de garotas do Osawa-senpai, melhor. Então ele estar no grêmio estudantil é bom para meus planos.
“Sério? Não havia notado” – respondeu inocente se se encostando à parede. Pergunto-me diariamente por que ele precisa fazer essas poses de modelo enquanto fala. O índice de desmaios nessa escola aumentou de uns 2 por ano para uns 30 por dia desde que ele entrou nessas escola. E sim, mais uma dúzia de garotas que passavam por ali acabaram de desmaiar.
“Imagina se tivesse!” – exclamei quando uma das desmaiadas quase me esmaga. Tinham que ser essas garotas que mais parecem homens lá do time feminino de futebol americano? Melhor, por que a nossa escola tem times de futebol americano?!
“Hahaha, Takako, você se estressa com tão pouco” – riu ele, e eu... Bem, me segurei para não chutá-lo naquele lugar.
“Seu...!” – exclamei socando-o no estomago o que o fez cair de joelhos no chão. Ha! Agradeça por não ter sido um chute lá!
“Shizuru-kun, Yoru-kun? O que aconteceu?” – perguntou Osawa-senpai que se aproximava de nós. E... Ele é tão brilhante! Meus olhos vão derreter!
“Na-nada! Só outro surto de desmaios...! Há, haha, há...” – respondi gaguejadamente e sai correndo. Não vou conseguir encarar o Osawa-senpai sem me revelar. Já devo estar todo vermelho! Cruzes! – “Ai!’ – exclamei ao cair sentado no chão. Desde quando tinha uma parede aqui?
“Olá/Oi” – disseram em conjunto. Esse jeitinho de cumprimentar, essas vozes tão parecidas...
“Gêmeos Akame!” – eram eles. Tora-senpai e Tori-senpai.
“Olá. Você deve ser Shizuru-kun, não?/Oh! Desculpa, mas você tá bem?” – disserem simultaneamente. Um deles disse o meu nome, né?
“Err... Poderiam falar um de cada vez?” – perguntei tentando não parecer grosso depois que levantei.
“Desculpa, desculpa. Repetindo: Olá. Você é Shizuru-kun, não?” – disse Tora-senpai arrumando os óculos.
“Sim, sim. Repetindo: Oh! Desculpa, mas você tá bem?” – disse Tori-senpai fazendo os mesmo gestos de surpresa de antes. Ela é meio estranha. Bem, o irmão também é...
“Bem, por partes. 1 – Sim, sou Shizuru Takako, por quê? 2 – Sim, tô bem” – respondi. Eles abriram um sorriso e se olharam de um jeito estranho, sorriram, viraram um pro outro espalmaram as mãos e começaram a dar pulinhos enquanto diziam algo como: “Yehy, yehy, yehy...!”. Eu disse, não? Eles são estranhos.
“Desculpe, desculpe/Rapara não, repara não” – disseram ao mesmo tempo. Eles são realmente, realmente estranhos!
“Ah!” – exclamei. Eles podem ser estranhos, mas talvez por isso eles me ajudem. – “Vocês poderiam me ajudar a virar uma garota?” – perguntei. Mas depois gelei. Eu disse mesmo ‘virar uma garota’?!
“Claro!/Por que não?” – responderam juntos novamente. – “Nos espere na saída da escola hoje às 17h, ok?” – acrescentaram juntos novamente.
“O-ok...” – parece que deu certo... Eu acho...?
Depois disso os dois foram saltitando... Isso mesmo! Saltitando! Para suas classes, e eu fiz o mesmo. Mas não saltitando!
Ah! Acho que não falei, né? Os gêmeos Akame são assim:
Akame Tora – cabelos ondulados e castanhos escuros. Com, acredite ou não, mechas loiras NATURAIS! Sim o cabelo dele é bicolor mesmo! Olhos castanhos claros, 1,77m de altura e um corpo esbelto... Mas ele já derrotou todo o time de judô da nossa escola. Ele fez isso para que eles parassem de chama-lo para fazer parte do time. Ele possui uma voz bem parecida com a da irmã mais nova, Tori.
Akame Tori – ela tem cabelos longos negros e ondulados com mechas loiras como o irmão. É, eles são estranhos até nisso. Ela tem olhos castanhos escuros e pele branquinha como porcelana. E claro, não poderia faltar aquilo. Ela saltitando é a fonte de ódio para as mulheres comuns. E o sonho dos homens que gostem de mulheres... Então estou fora dessa equação. Por quê? Simples. Um par de seios fartos tamanho G! Totalmente natural! Pergunto-me se Osawa-senpai também gosta desse tipo de garota?
Bem. As aulas continuaram normalmente e finalmente na hora de sair... Bem... Hijikata-kun veio atrás de mim, e por isso me atrasei um pouco no meu encontro com os gêmeos Akame.
“Desculpe o atraso!” – disse arfando e me apoiando nos meus joelhos.
“Tudo bem/Sem problemas” – disseram juntos. Como eles são tão sincronizados? Eles combinam isso antes? Ficam ensaiando em casa?
“O-ok...” – respondi meio desconcertado depois de recuperar o folego. E assim começou minha jornada até a casa deles. E Meu Deus! Que casa! Em baixo era um salão de beleza super movimentado e logo do lado era uma butique igualmente movimentada. Em ciam ficava o que parecia uma casa de dois pavimentos, isso mesmo! A casa deles têm malditos três andares! Três!
“Por aqui!/É desse lado!” – disseram me puxando para uma porta vermelha no beco do lado do prédio. Lá me deparei com uma escadaria que quando cheguei ao segundo andar lá estava, uma sala chique, com móveis super... err... Clean? É esse o termo que eles usam? Mas que seja. Eles me arrastaram pro andar de cima onde no fim do corredor tina uma porta com um monte de adesivos de personagens fofos de animes e mangás.
“Que, que lugar é esse?” – perguntei aterrorizado. As paredes eram lilás e o teto roxo claro. O tapete era lavanda, tinha uma cama com cobertor rosa, dois travesseiros índigos e um maior e comprido roxo do lado da parede. A outra tinha o cobertor azul-marinho, dois travesseiros pretos e um maior e mais comprido azul-celeste encostado na parede.
“Nosso quarto! Sua transformação começa agora!” – exclamaram eles me puxando para o centro do quarto e me sentando em uma cadeira de rodinhas branca. Ao meu redor nas paredes eu via estantes e mais estantes lotadas de mangás... Bem, tinham mais umas pilhas que devia ter a minha altura num canto do quarto. Quantos mangás eles têm?
“Fique parado! Vou começar!” – exclamou Tora que começou a me maquiar sem que eu nem visse de onde o bicho havia saído. E falando em bichos. Que quarto é esse! Já contei pelo menos 30 sapos de pelúcia diferentes! E que bichinhos de pelúcia são aqueles?!
“Essa roupa? Não, talvez essa... Ou quem sabe essa? Não definitivamente tem que ser com esse salto!” – conversava sozinha Tori que fuçava no closet, isso mesmo CLOSET! E voltando aos bichinhos de pelúcia.
“Err. Que coisas são aquelas?” – perguntei inocentemente enquanto Tora ia colocando esmalte atrás de esmalte do lado de minhas mãos, será que ele tá querendo saber qual combina mais com o meu tom de pele? Isso foi gay de mais até pra mim...
“Não são coisas” – respondeu Tora abrindo um dos vidros de esmalte cor rosa-bebe. Como sei disso? Tava escrito no troço mesmo.
“São bichinhos da série de bichinhos de pelúcia acidentados. Eles são fofos!” – respondeu Tori arrumando as roupas na cama e as encarando.
“Bichinhos de pelúcia acidentados...?” – perguntei confuso. Como um coelho cor de rosa com um band-aid com um coração no meio da cara, um braço engessado e uma orelha enfaixada poderia ser fofo?
“Sim, são nossos preferidos. Olha temos até o chihuahua cremado prematuramente! Esse é raro sabia!” – disse Tori pegando um sutiã.
“Sim, foi difícil conseguir esse” – acrescentou Tora que voltava a pintar meu rosto com quilos de maquiagem.
“Enchimento, enchimento... onde foi que eu pus?” – perguntava-se Tori mexendo em uma gaveta. Enchimento? Era pra mim? Pera ai! Ela usa enchimento!
“Não, não usa Shizuru-kun...” – respondeu Tora com um sorriso gentil e complacente, enquanto acariciava o meu rosto amavelmente... Para depois me puxar com tudo e me jogar na cama! O que é esse desenvolvimento. Não... Como ele sabia o que eu tava pensando?! – “Se acalme, nada de ruim vai acontecer Shizuru-kun... Você vai gemer um pouco no inicio mais vai amar o final” – eu vou ser estuprado?! Não!!
“Tora, agora!” – ouvi Tori exclamar. E de repente me vi nu, como vim ao mundo, sobre a cama.
“O-o queeeee?! Quando?!” – me perguntei. Mas antes que pudesse entender o que estava acontecendo estava com uma maldita calcinha preta com babados rosa me sovando a virilha, uma apavorante cinta-liga rosa presa em uma meia 7/8 preta com uns babados rosa onde ela se juntava com a cinta-liga, e um aterrador sutiã com enchimento de silicone me deixando com o que deveria ser um tamanho MG.
“Huhuhuhuhuhuh... Agora o resto!” – disseram eles pulando sobre mim. E quando pude ver claramente novamente estava de pé em frente de um espelho. E lá, refletido, estava uma garota de olhos verdes, longos cabelos negros lisos até o meio das costas com uma mexa de cada lado do busto, uma blusa amarelo bebe com babados branco gelo nas mangas curtas bufantes, uma saia longa rodada branca com desenhos florais na base onde havia um babado bege. Por baixo disso eu podia ver as meias 7/8 negras e em meus pés um par de sapatilhas pretas com um salto quadrado de uns 4cm.
“Err...” – sim, estou encabulado. Lá estava uma garota de lábios rosados e brilhantes de gloss, pele branquinha, bochechas adoravelmente coradas, unhas rosa bebe não muito longos. Na verdade bem curtinhas até.
“Nosso melhor trabalho, né Tori?” – perguntou Tora com o nariz empinado.
“Sim, sim...” – concordava com a cabeça Tori toda sorridente.
“O-ok... Mas e agora?” – perguntei. Não pensei que me arrumariam tão rápido. É, eles merecem a fama que tem. Até eu to achando que pareço uma garota bonita... Exceto por essa calcinha assassina! Ela tá entrando muito fundo num lugar que não devia!
“Bem... O que você quer fazer agora que é uma garota tão fofa?” – perguntou Tori sentando na cama.
“Vai se declarar pra alguém? Se exibir por ai? Fazer amigas? Ir a um encontro em grupo? O que?” – perguntou Tora sentando-se na cadeira atrás de mim.
“Me... Me declarar...” – respondi corando. Eu realmente contei a verdade assim fácil? Que vergonha!
“Pra quem? Dependendo de quem seja podemos ajudar” – respondeu Tori se abraçando em um elefante com uma pata engessada com um pano segurando o mesmo. Um tapa-olho, a tromba enfaixada e um band-aid com uma lagrimam na base da pata traseira esquerda.
“Pro... Osawa-senpai...” – resmunguei, mas parece que eles ouviram.
“Ok. Ele deve estar no karaokê atrás do mercado 24h da estação K” – disse Tora.
“É mesmo. O conselho estudantil ia fazer uma interação paro os novos membros, né Tora?” – disse Tori se deitando na cama e apoiando a cabeça para fora da mesma.
“Eh? Como vocês sabem disso?” – perguntei em um sobressalto.
“Somos da comissão de organização. Sabemos de tudo que é festa que vá acontecer pela escola” – respondeu Tora.
“Isso, e hoje já tínhamos acabado o trabalho então pudemos voltar mais cedo” – disse Tori sorrindo e terminando de fazer o que parecia ser um mapa.
“Isso é um mapa?” – perguntei o óbvio.
“Não, é um selo mágico pra ir até a terra dos pôneis alados e dos arco-íris... É claro que é um mapa!” – disse Tori me dando um puto tapa nas costas! Oh mulherzinha forte da porra! Vai me quebrar assim!
“Então, rápido, rápido. Shizuru-kun precisa correr se quiser chegar lá a tempo” – disse Tora me empurrando pra a fora do quarto e me levando para fora da casa deles acompanhado da Tori.
“Então... Tchau e muito obrigado” – disse fazendo uma reverencia e começando a correr. E nossa, acho que nasci pra isso. É fácil andar de salto... Isso é meio traumático. Eu sei andar de salto sem nunca ter feito isso antes e acho fácil...
Corri por uns cinco minutos e depois peguei o trem. Uns dez minutos depois finalmente cheguei a estação K e dela fui direto para o beco atrás do mercado 24h e... O Osawa-senpai estava lá trás! Por quê? Eu queria entrar pelos fundos de mansinho! Não, mais importante. Por que Osawa-senpai tá aqui no beco?!
Escondi-me rapidamente e fiquei olhando-o de longe. E lá estava, Osawa-senpai e... Taiyo? O que aquele bicho do mato imã de mulheres faz ali com o senpai no beco?!
O queeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee?! O senpai está beijando o Taiyo? Não! Ele está dominando totalmente aquele vara pau! Bem, eles têm só três centímetros de diferença, mas mesmo assim... Por que eles estão se agarrando daquele jeito meu deus?!
Depois dessa visão no mínimo traumática, fui cambaleando pela rua lateral até que trombei com alguém e cai de bunda no chão. Hoje por acaso é o dia do Takako trombar com paredes humanas e cair de bunda? Sim? Ou sim?!
“Ei, você tá bem?” – disse aquela voz tão familiar. Quando olhei pra ver quem era lá estava ele. Hijikata-kun! Fodeu! Fodeu tudo meu deus! Ele vai me reconhecer! Pera ai, nem eu me reconheço... Então... Ele vai dar em cima de mim! Isso é um bilhão de vezes pior!
“De-desculpa...!” – exclamei me levantando e correndo.
“Ei, pera ai! Não corre assim não gata” – disse ele pegando o meu pulso e me puxando. Fodeu! E a anta ainda me chama de gata?! To fodido total!
“Larga!” – gritei em um sussurro. Vai que ele reconhece a minha voz. Ou pior, o Osawa-senpai ouve e vem aqui com o Taiyo?! Nem se o Hijikata me foder que eu deixo isso acontecer!
“Largo não... Uma gatinha manhosa assim tem que ser amansada” – vou morrer... E vai ser com as cantadas de sei lá que milionésima categoria dele!
“Larga!” – gritei num sussurro novamente. É agora eu to parecendo um gatinho arisco.
“Ei, ela disse pra largar” – disse uma nova voz masculina. Ela era potente, mas tão calmante.
“Quem é você? Hein?” – perguntou Hijikata-kun encarado o rapaz que era acho que uns dois centímetros mais alto que ele. Devia ter 1,78m no máximo.
“Eu? Sou o namorado dela” – disse ele soltando o pulso do Hijikata e me puxando para um abraço segurando minha cabeça em seu peito. E claro, corei feito uma donzela resgatada por seu príncipe! Que ódio!
“Prova!” – disse Hijikata-kun. E só havia um jeito de provar que me veio a cabeça, e eu não queria ser beijado por ele!
“Claro” – disse ele me puxando para perto de sua face e deixando nossos rostos muito perigosamente próximos! Suas mãos estava dos lados de minha face e... – “Quando eu contar três, você chuta ele lá” – disse ele. E... O que?! - “Um...” – sussurrou ele. e então eu percebi. As mãos dele não deixavam que Hijikata visse nossas bocas. – “Dois...” – continuou. – “Três...” – disse arrastando a última silaba. E o que fiz? A essa altura Hijikata estava boquiaberto e pude soltar meu pulso e acertar um belo de um pontapé lá! Ahhahaha! Espero que suas bolas tem chego em sua garganta depois dessa!
“Va-vadiaaa...!” – gemeu Hijikata quase mudo em posição fetal no chão.
“Venha...” – disse o rapaz alto de cabelos negros curtos e olhos castanhos, me puxando para dentro do mercado até a sala de funcionários.
“O-obrigado...” – disse me sentando no sofá.
“Huhu... Então você viu aquela cena Shizuru-kun” – perguntou ele.
“Sim... Pera ai! Como?!” – agora fodeu além dos limites humanos! Quem é ele? Como sabe que sou eu?! E principalmente! Como o maldito sabe da cena?!
“Hahaha... Não se preocupe. Tori-chan e Taro-chan me contaram tudo e pediram para ver como as coisas estavam” – respondeu o cara misterioso. E... Odeio admitir, mas ele parece um príncipe. Por que ele estaria trabalhando num lugarzinho desses?
“Tá, mas quem é você?” – perguntei. Não aguento mais ficar nessa de salvador misterioso! Não sou uma protagonista de mangá shoujo pra voltar pra casa com esse ‘Ah, quem era o príncipe misterioso que me salvou?’ nem fodendo que deixo isso acontecer!
“Bem, nos desencontramos nesses seis anos, mas eu sei quem você é Shizuru Takako-kun” – respondeu ele apoiando os dois braços na parede me prendendo no sofá.
“Seis anos?” – perguntei tirando o braço direito dele da parede e me levantando.
“Sim. Sou Yoru Akatora, irmão mais velho do Tai-chan” – respondeu ele. E eu... Eu entrei em choque mesmo.
“O que?!” – o berro foi tão alto que o gerente nos acho e me enxotou! Me enxotou! Como ele poderia fazer isso com uma garota indefesa?! Ok, não sou uma garota indefesa, mas vocês entenderam o sentido.
“Ei, Shizuru. O Osawa-kun e meu irmão namoram já faz uns três meses” – disse ele quando eu me aproximava da sida do beco. Isso mesmo, o tal gerente mês fez sair pelos fundos!
“Eu não precisava dessa informação...” – disse me recostando na parede e sentando no chão mesmo. Roupa limpa? Que precisa se preocupar com isso se o meu motivo de me travesti já é de outro? Quem foi que espalhou aquele rumor de que o Osawa-senpai queria uma Yamato Nadeshiko? O Taiyo tá mil anos luz longe de ser assim!
“Ei... Shizuru...” – chamou ele se agachando na minha frente. Eu já estava todo encolhidinho no meu cantinho da depressão a essa altura.
“O que?” – perguntei levantando o meu rosto para encará-lo.
“Se você não pode ter o Osawa-kun. Por que não tenta um novo amor?” – perguntou ele sorrindo gentilmente para mim.
“Claro... E onde eu encontro isso?” – perguntei emburrado.
“Onde você quiser. O coração é seu. Então cabe a você decidir...” – disse ele depois de fazer um cafuné na minha cabeça.
“Mas eu quero ficar com o Osawa-senpai! Não sei o que fazer com esse sentimento e realmente não tenho vontade de fazer nada com esse meu coração partido...” – respondi irritado. Eu não vou chorar! Não na frente de outra pessoa! Principalmente uma que acabei de conhecer e que é irmão do meu rival!
“Se não pode ficar com o Osawa-kun e nem fazer algo sobre seus sentimentos. Então... Fique comigo. Eu irei consolar seu coração. Afinal... Acho que gosto de você” – disse ele com um sorriso. Isso era um choque. Como assim gosta de mim? Nunca nos vimos! – “Então? Quer tentar?” – não sei o que dizer. Apenas me levantei e corri de lá. Meu coração estava acelerado e meus olhos ardiam com as lagrimas que riam sair. Estou confuso, como o coração partido e... Ainda por cima estou voltando pra casa vestido de mulher?! Não posso! Pra onde vou? Tenho que me trocar!
“Que infernooooo!” – gritei no meio do parque onde havia chego depois de correr e me sentei no banco que havia por lá observando as estrelas e sentindo as lágrimas caírem.
Continua~