Olá pessoal. Gostaria de apresentá-los meu livro que acabou de ser publicado pela Modo Editora e que foi escrito inspirado pelo Junjou Romantica, o meu predileto. Ele se chama Amor Invertido e a resenha está disponível no Skoob, sendo que o livro está disponível na livraria Cultura. Estou deixando aqui as duas primeiras páginas para que vocês dêem uma espiada. Felicidades e espero que vocês gostem.
O porteiro conferiu o RG, procurou por meu nome em uma lista e estendeu a chave. Agradeci e puxei a minha mala até o hall de entrada. O elevador se abriu e uma senhora desceu com um garotinho gordo me jogando um cumprimento polido. Entrei e apertei o décimo andar.
Já no corredor de piso branco girei a chave e invadi o apartamento. Deixei a mala no meio da sala de estar e peguei o bilhete que tinha sobre a mesinha:
“Desculpa Didi, acabaram me escalando. Pode ir se alojando que eu devo voltar na segunda. Beijos.”
Ainda me lembrava da ligação que havia recebido de Juliete. Não deu pra entender muito mais do que: “a chave vai ficar com o porteiro”; pois a ligação estava péssima. Desabei cansado no sofá estirando as pernas sobre o encosto. Tirei os tênis com os pés.
O apartamento era confortável, porém com um ar meio abandonado. Imagino que uma vez que Juliete era uma aeromoça não devia ficar muito tempo entre aquelas paredes e talvez, por isso, elas ainda não tivessem adquirido muito da personalidade da dona.
Um miado baixo chamou minha atenção. Uma gata cinza de pelo curto se aproximou de minha mão que estava caída ao lado do sofá. Fiz-lhe um afago na cabeça.
─ Como vai Tia? Cheguei. Veio dar as boas vindas?
Ela deu um miado baixo, mas logo se desinteressou e se afastou. Sentindo sede me levantei e fui até a cozinha. Abri a geladeira e constatei meio decepcionado que tirando um pacote de molho de tomate, uma caixa de leite e uma bebida láctea, ela estava completamente vazia.
Não era algo muito espantoso de fato. Juliete sempre fora uma péssima cozinheira. Olhei desconfiado para a data de validade do leite. Pelo menos estava no prazo. Mexi na embalagem e percebi que não tinha muito. Bebi direto da caixa.
Meu primeiro dia em meu novo lar. O que deveria fazer? Pensava que a dona do apartamento iria estar ali me esperando então não planejei nada. Talvez eu devesse tomar um banho e depois dar uma volta pelas imediações. Quem sabe ir a algum supermercado. A idéia me pareceu boa.
Fui até o fim do corredor e encontrei o banheiro. Tinha toalha e sabonete lá dentro. Tirei as roupas e entrei no chuveiro deixando a água quente espantar o cansaço. Era estranho poder ficar à vontade em um lugar. De onde eu vinha sempre tinha alguém chegando ou alguém saindo. Os momentos de solidão eram raros. Era uma mudança boa para variar.
Lembrei-me que minhas roupas ainda estavam na mala abandonada na sala. Sai do chuveiro enxugando a cabeça, pensando em abri-la e separar uma muda de roupa quando, ao chegar à sala de estar, me deparei com um homem desconhecido.
Paramos os dois surpreendidos. Eu, por estar nu em pêlo com a toalha na cabeça devo ter levado um pouco mais de tempo para perceber a sua presença do que ele à minha. Quando o vi ele já me observava com um ar sério e, em ato reflexo, tirei a toalha da cabeça e a meti entre as pernas sentindo as orelhas ficarem vermelhas.
Logo me repreendi por esta reação tão embaraçada. Éramos homens afinal. Não cheguei a pensar que ele ofereceria algum tipo de ameaça. Além de estar muito bem vestido ainda carregava a gata que apenas ronronava calmamente. Imagem muito diferente da que eu tinha de um assaltante ou assassino. Era alto. Talvez 1,85. Endireitei os ombros tentando parecer maior do que meus míseros 1,69 permitiam.
O porteiro conferiu o RG, procurou por meu nome em uma lista e estendeu a chave. Agradeci e puxei a minha mala até o hall de entrada. O elevador se abriu e uma senhora desceu com um garotinho gordo me jogando um cumprimento polido. Entrei e apertei o décimo andar.
Já no corredor de piso branco girei a chave e invadi o apartamento. Deixei a mala no meio da sala de estar e peguei o bilhete que tinha sobre a mesinha:
“Desculpa Didi, acabaram me escalando. Pode ir se alojando que eu devo voltar na segunda. Beijos.”
Ainda me lembrava da ligação que havia recebido de Juliete. Não deu pra entender muito mais do que: “a chave vai ficar com o porteiro”; pois a ligação estava péssima. Desabei cansado no sofá estirando as pernas sobre o encosto. Tirei os tênis com os pés.
O apartamento era confortável, porém com um ar meio abandonado. Imagino que uma vez que Juliete era uma aeromoça não devia ficar muito tempo entre aquelas paredes e talvez, por isso, elas ainda não tivessem adquirido muito da personalidade da dona.
Um miado baixo chamou minha atenção. Uma gata cinza de pelo curto se aproximou de minha mão que estava caída ao lado do sofá. Fiz-lhe um afago na cabeça.
─ Como vai Tia? Cheguei. Veio dar as boas vindas?
Ela deu um miado baixo, mas logo se desinteressou e se afastou. Sentindo sede me levantei e fui até a cozinha. Abri a geladeira e constatei meio decepcionado que tirando um pacote de molho de tomate, uma caixa de leite e uma bebida láctea, ela estava completamente vazia.
Não era algo muito espantoso de fato. Juliete sempre fora uma péssima cozinheira. Olhei desconfiado para a data de validade do leite. Pelo menos estava no prazo. Mexi na embalagem e percebi que não tinha muito. Bebi direto da caixa.
Meu primeiro dia em meu novo lar. O que deveria fazer? Pensava que a dona do apartamento iria estar ali me esperando então não planejei nada. Talvez eu devesse tomar um banho e depois dar uma volta pelas imediações. Quem sabe ir a algum supermercado. A idéia me pareceu boa.
Fui até o fim do corredor e encontrei o banheiro. Tinha toalha e sabonete lá dentro. Tirei as roupas e entrei no chuveiro deixando a água quente espantar o cansaço. Era estranho poder ficar à vontade em um lugar. De onde eu vinha sempre tinha alguém chegando ou alguém saindo. Os momentos de solidão eram raros. Era uma mudança boa para variar.
Lembrei-me que minhas roupas ainda estavam na mala abandonada na sala. Sai do chuveiro enxugando a cabeça, pensando em abri-la e separar uma muda de roupa quando, ao chegar à sala de estar, me deparei com um homem desconhecido.
Paramos os dois surpreendidos. Eu, por estar nu em pêlo com a toalha na cabeça devo ter levado um pouco mais de tempo para perceber a sua presença do que ele à minha. Quando o vi ele já me observava com um ar sério e, em ato reflexo, tirei a toalha da cabeça e a meti entre as pernas sentindo as orelhas ficarem vermelhas.
Logo me repreendi por esta reação tão embaraçada. Éramos homens afinal. Não cheguei a pensar que ele ofereceria algum tipo de ameaça. Além de estar muito bem vestido ainda carregava a gata que apenas ronronava calmamente. Imagem muito diferente da que eu tinha de um assaltante ou assassino. Era alto. Talvez 1,85. Endireitei os ombros tentando parecer maior do que meus míseros 1,69 permitiam.